Yorkshire Pudding - um prato que adoptei
A propósito do Yorkshire pudding de que falei ontem, este para além de ser um dos componentes fundamentais do Sunday Roast, é também por vezes servido nos pubs apenas com o molho (gravy), que pode ser de carne ou de cebola. Um bom petisco.
É um daqueles pratos que embora não seja da “minha criação” (como diz o meu Pai) se veio a tornar uma comida conforto depois de ter vivido um ano no Yorkshire. Apesar de não ser um prato português, as minhas filhas comem-no desde crianças e está associado às suas memórias gastronómicas mais antigas. Por tudo isto há muito que cozinho o Yorkshire pudding. Até estou em vias de começar a testar versões vegan para que a minha filha mais nova possa continuar a comer.
Por outro lado, a porta do forno muitas vezes funciona para mim quase como que um ecrã de TV, fico ali sentada a olhar para a evolução dos alimentos enquanto cozem. O Yorkshire pudding é particularmente interessante deste ponto de vista. Começa com um pouquinho de uma massa líquida, tipo massa de crepes, e acaba assim:
Aqui fica a receita adaptada do livro Delia Smiths’s Complete Illustrated Cookery Course.
Yorkshire Pudding
(dá 4 pudins com cerca de 10 cm de diâmetro)
75 g de farinha
1 ovo
75 ml de leite
55 ml de água
Sal e pimenta
2 colheres de sopa de gordura do assado (uso normalmente óleo)
Para fazer a mistura, peneire a farinha para uma tigela, faça um buraco no meio, deite o ovo no buraco e bata-o, gradualmente incorpore a farinha, o leite, a água e o tempero (pode usar uma batedeira que é mais rápido). Transfira a massa para um jarro para ser mais fácil deitar nas formas. Esta massa não necessita de descansar, faça-a quando precisar dela.
Ponha a gordura no recipiente onde vai fazer os pudins (pode ter tamanhos variados, desde um recipiente de ir ao forno com 28x18 cm, até uns muito comuns no Reino Unido com 4 espaços com cerca de 10 cm de diâmetro e 2 de profundidade, ou até aqueles tabuleiros para fazer queques – de preferência de metal). Leve ao forno, na prateleira mais alta, a 220 ºC cerca de 15 minutos, até a gordura começar a fumegar. Então, tão rapidamente quanto possível para que não arrefeça (é muito importante que a forma e a gordura estejam bem quentes), deite a massa nas formas (fica com 1 a 2 cm de altura, não mais) e leve ao forno a cozer cerca de 25 minutos para crescerem e ficarem ocos, dourados e estaladiços. Sirva tão rapidamente quanto possível e com muito molho. No entanto, muitas vezes congelo e quando quero ponho no forno quente e ficam muito razoáveis.