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10
Abr19

Uma aventura pelos sabores da Arménia

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Nada sabia da cozinha da Arménia, mas também não procurei. Por vezes é bom ir sem expetativas, completamente à aventura, e depois desfrutar do que der e vier. Foi o que aconteceu quando fui ao Ararate pela primeira vez, logo após ter descoberto que havia um restaurante de comida da Arménia em Lisboa. Se a primeira visita foi uma ida às cegas, da segunda já sabia o que me esperava, e a motivação principal foi a de descobrir novos pratos.

 

Bem perto da Gulbenkian, portanto quase paredes meias com o legado que um Arménio nos deixou, o restaurante é grande, confortável e com um ambiente simples, mas com alguma sofisticação. No menu os pratos estão bem explicados e ilustrados.

 

Da primeira vez começamos a refeição com um  Khachapuri Barco, descrito como um pastel tradicional caucasiano recheado com queijo, gema de ovo e manteiga. Adorei o pão macio e saboroso, e a cremosidade do recheio. Gostei do serviço na mesa, em que o empregado mistura a gema com o queijo derretido e corta o pão em pedaços. Da segunda vez começámos também a refeição com o Khachapuri Barco.

 

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A primeira decisão na segunda visita foi, contudo, sobre o vinho a escolher. Na carta havia alguns vinhos da Arménia, um país com uma longa tradição na produção de vinhos, e que para nós eram completamente desconhecidos. Diz-se que após quarenta dias e quarenta noites de chuvas torrenciais, a Arca de Noé chegou à mais alta montanha da Arménia, o Monte Ararate, e que das primeiras coisas que Noé fez foi plantar vinha para produzir vinho. Estando no restaurante com o nome da montanha, e dado que não nos víamos há bem mais de quarenta dias e quarenta noites, não podíamos mesmo deixar de escolher um vinho da Arménia.

 

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A carta tem uma secção de petiscos. Foi por aí que começámos das duas vezes, o objetivo era experimentar diversas coisas. Sendo as doses relativamente generosas, mal saímos daí. Explorar melhor os pratos principais terá que ficar para próximas oportunidades. Entre as duas visitas, tive oportunidade de provar:

 

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Khinkali - saquinhos de massa recheados com carne picada e um caldo aromático

 

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Satsivi - peru em molho de nozes

 

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Dolmá - carne de vitelão picada com arroz, cebola, verduras e especiarias, envolvida em folhas de videira com molho de matsun e alho

 

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 Tjvjik - fígado, coração e pulmões de cordeiro estufados com cebola e tomatada

 

IMG_20190312_195604.jpgChacapuli - pedacinhos de borrego com vinho branco, ervas aromáticas e alho

 

Achei este último prato menos interessante, mas todos os outros me agradaram muito. Para os acompanhar pão, não só um pão levedado, mas também Lavash, um pão em folhas finíssimas, muito tradicional na Arménia.

 

Um dos "pratos fortes" do Ararate são os Khorovats ou seja as espetadas. Na segunda visita comemos uma espetada de costeletas de borrego acompanhada de uma espetada de batatas. A carne excelente e tenríssima.

 

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Para terminar, da primeira vez escolhemos o Ecler, uma sobremesa francesa adotada pelos Arménios.

 

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Já da segunda aventurámo-nos por uma maior diversidade de doces.

 

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Torta de Merengue com creme

 

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Bolo de mel

 

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Pakhlava - pasta de nozes trituradas com cravinhos e canela, envolvida em massa filó e banhada em xarope

 

E para terminar, enquanto acabávamos de pôr a conversa em dia, um brandy da Arménia.

 

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É bom ter em Lisboa oportunidade de desfrutar dos sabores de outras paragens, viajar à mesa é excelente, e desta vez foi por sabores completamente desconhecidos. Muito há ainda por explorar... ficou a vontade de o fazer. 

 

 

Ararate -   Avenida Conde Valbom, 70,  Lisboa

 

 

 

 

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