Um restaurante em época de Covid
Pouco tenho saído. Idas a restaurantes... zero nos últimos quatro meses! Até hoje de manhã. Agora passou a ser uma ida. E espero ir-lhe juntando muitas outras nos próximos tempos.
Hoje de manhã tive que ir para a zona do Parque das Nações. O compromisso que me levou lá foi durante a manhã e decidi a seguir fazer um programa que não fazia há muito, passear à beira do rio e depois almoçar por ali, antes de regressar (a casa e ao trabalho). Assim foi...
Depois do percurso junto ao rio, caminhei pela Rua do Bojador. Ainda era cedo, ninguém nos restaurantes. Entrei no Cantinho do Avillez, só estava uma mesa ocupada, sentei-me na esplanada, tirei a máscara e depois... Tudo foi normal. Se ir ao restaurante se assemelha de certa forma a ir ao hospital, como tantas vezes ouvi? Não, assemelha-se a ir ao restaurante. Os rituais são os mesmos, e o ambiente pouco diferente. É verdade que havia frascos de desinfetante em todas as mesas, é verdade que os empregados tinham máscara pretas. Mas se isso há quatro meses seria estranho, agora é normal.
Chegou o couvert.
Há mais de quatro meses que uma tal coisa não fazia parte das minhas experiências! Que bem me soube!
Os clientes foram chegando... e quando a minha entrada chegou já o movimento das mesas à volta se fazia sentir, o ruído das conversas, o vai e vem dos empregados.
Estes pastéis de bacalhau com vatapá lembraram-me outros, e um post adiado...
Foram chegando mais pessoas. Quando o meu prato de vieiras com batata doce, espargos e tomate chegou, quase todas as mesas da esplanada estava ocupadas e na sala também já não havia muitas livres.
O burburinho nas mesas, as conversas, algumas de gente que não se via há muito (alguns não resistiram mesmo à chegada a quebrar por instantes o aconselhado isolamento social), tudo como é característico de um restaurante. Não, a experiência não é deprimente, como muita gente receou.
O almoço terminou com um leite creme com laranja e baunilha.
Enquanto comia esta sobremesa conforto, fui pensando no conforto de estar de novo sentada num restaurante, usufruir da experiência completa. É tão bom!