The Fat Duck - Bedtime: Off to the Land of Nod
Bedtime: Off to the Land of Nod
Counting Sheep
Terminado o jantar, e depois de um dia tão longo, era hora de ir dormir, de contar carneiros...
A primeira coisa a chegar à mesa foi uma colher com o cabo revestido de um tecido que lembrava o pelo do carneiro. Era estranho pegar na colher com este cabo, mas fazia parte da sensação de conforto que caracteriza a hora de deitar, lembrava o momento de contar carneiros. Li que o peso da colher também remeteria para a hora de deitar, mas não reparei nele.
Disseram-nos que cheirássemos o cabo. Cheirava a pó de talco. Pó de de talco, foi o tema que inspirou esta sobremesa final que era toda completamente branca.
De seguida chegou uma base com o formato de uma nuvem, e por cima colocaram, a flutuar, uma almofada sobre a qual estavam dois merengues. Penso que a inspiração era o leite e as bolachas comidos à hora de dormir. Penso também que eram merengues de malte recheados com um creme de leite. Mas àquela hora já nada era claro.
Foi bom comê-los, foi divertido depois fazer rodar a almofada, brincar com ela. Depois de 16 pratos, 1 cocktail e 8 vinhos já se sentia necessidade de um momento de descanso... tinha sido uma percurso excelente, com muitos momentos altos, muitas emoções... tudo isto cansa também... Este momento de calma e descontração soube bem.
Mas imediatamente a seguir chegou o resto desta sobremesa. Não sei discriminar os vários elementos, no itinerário esta sobremesa está descrita como:
Malt, orange blossom, tonka, milk, meringue, crystalized white chocolate, pistachio
Texturas suaves, uma grande riqueza de sabores, uma sobremesa monocromática, tudo branco!
Acho que foi nesta altura que nos perguntaram se queríamos visitar a cozinha. A cozinha mínima que recordava de outras visitas, era agora bem maior. Era ali que tudo era feito, ou melhor, terminado visto que a maior parte é preparado noutras instalações do outro lado da rua.
Voltámos à mesa...