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Assins & Assados

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20
Abr24

Caixas de receitas e a sua contribuição para aumentar a qualidade da alimentação e da vida

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Durante algum tempo a minha filha mais velha sugeria regularmente que devíamos experimentar pedir uma "Recipe Box", ou seja uma caixa com kits completos para a preparação de vários pratos. Escolhemos quantos e que pratos queremos e o tamanho das doses (número de pessoas). Depois é aguardar que entreguem uma caixa onde vêm todos os ingredientes, na quantidade exata, para cada um dos prato (em geral é suposto apenas termos sal, pimenta, óleo e pouco mais), e as fichas detalhando a forma de os preparar. Finalmente é cozinhar cada prato, leva normalmente entre 15 e 30 minuto, e comê-lo.

Dizia-lhe que sim, que havíamos de experimentar, mas com algum ceticismo, e nem via muito as vantagens. Um dia ela anunciou que tinha mandado vir uma caixa e perguntou se eu não queria ir jantar a casa dela e ajudá-la a cozinhar.

Assim foi! Nesse dia o ceticismo desvaneceu-se, percebi as enormes vantagens, e fiquei impressionada com a qualidade. Ela ficou fã e, cerca de 3 meses e 40 receitas diferentes depois, nem sequer põe a hipótese de voltar atrás.

Pensar todos os dias no jantar, depois de um dia de trabalho e com crianças, era por vezes pesado... Nessas condições, a imaginação frequentemente deixava muito a desejar, até porque na hora em que decidiam, tinham que se basear apenas no que tinham em casa. Os vegetais, sobretudo, por vezes ficavam a aguardar na gaveta do frigorífico e depois... já era tarde demais, e acabavam no lixo.

O que é que a caixa de receitas mudou?  Escolhem todas as semanas 4 ou 5 pratos de uma lista de cerca de 250 por mês, em que há coisas para todos os gostos e requisitos alimentares, inspiradas nas cozinhas de todos o canto do mundo. No início da semana chega tudo, arrumam os ingredientes de cada prato, e à hora do jantar têm apenas que pegar no saco dos ingredientes de um dos pratos e, no máximo, meia hora depois está a comida na mesa. Comida com muito mais qualidade do que a maior parte da que se pede para entrega em casa, com vegetais, carne e peixe fresco, e que eles cozinham, uma atividade de que gostam e nesta condições até é relaxante. Frequentemente a minha filha até comenta que tem aprendido muitas técnicas novas, muito simples e que dão ótimos resultados.

A escolha inicial, de entre várias opções possíveis, foi feita com base no tipo de receitas e na sua variedade, e também no preço. A empresa escolhida foi a Gousto, que numa avaliação feita este mês pelo Independent foi considerada a melhor opção de todas as caixas disponíveis.

O preço é bem inferior ao de uma entrega ao domicílio, e bem razoável, se se tiver em conta a qualidade dos ingredientes e pratos, a variedade da alimentação, a quase ausência de desperdício, a forma como a vida é facilitada, e o tempo que se poupa - em média cerca de 4 £ (5 €) por pessoa por cada generosa refeição. 

Lembro-me de há uns anos surgir uma coisa semelhante em Portugal, mas era cara e rapidamente desapareceu. Neste momento não tenho conhecimento de nada deste tipo. Aqui é bastante comum e os números impressionam - a Gousto diz que vendem mais de 5 milhões de refeições por mês.

Precisei apenas de cozinhar e comer um prato para o meu ceticismo dar lugar a algum entusiasmo. Penso que este tipo de produtos pode desempenhar um papel importante no aumentar da qualidade da alimentação e da vida de muita gente. E ainda, mas não menos importante, a incentivar as pessoas a cozinharem.

 

Foto DAQUI

08
Ago21

Na Lata

Muitos doces sabores a descobrir dentro de uma lata!

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O que para uns é comida conforto, para outros pode ser descoberta, quase uma aventura de sabores. Foi o que pensei há dias quando provei um Bolo de Milho e Goiabada, uma Edição Especial de Na Lata. Uma combinação de produtos algo exótica para mim. Uma descoberta maravilhosa!  O Bolo de Coco, bem cremoso, era também irresistível! 

 

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O projeto Na Lata, da Jessica Torres, começou durante a pandemia, primeiro como forma de mimar amigos, que depois decidiu fazer chegar a quem sente falta dos sabores de infância, mas de igual fora a quem quer fazer novas descobertas, ou simplesmente mimar-se e adoçar os dias.

 

A originalidade dos bolos da Na Lata é que associam as características e os sabores dos bolos caseiros, a uma imagem e forma de os disponibilizar inovadora. O tamanho é pequeno - cerca de 250 g, o que permite variar e não nos cansarmos de uma dado sabor. Porquê só um se três, ou quatro, ou cinco... nos permitem experienciar uma variedade de sabores? E há sempre bolos novos...  

 

A dualidade entre comida conforto e sabores mais exóticos voltei a senti-la com outros dois bolos, o Bolo de Laranja e o Bolo de Creme de Leite e Flor de Sal.

 

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O Bolo de Laranja lembrou-me um bolo muito habitual em minha casa quando era criança. Lembro-me de ver  a minha Mãe regar o bolo, quando saía do forno, com sumo de laranja açúcarado. Depois era a longa espera até arrefecer e chegar a hora do lanche para o comermos. Já o Bolo de Doce de Leite remetia a experiências mais recentes, incrementadas com um toque de flor de sal. Mas a surpresa, quando abri a lata, tornou-o ainda mais especial. Era tão bonito, tanto detalhe e cuidado dentro daquela lata!

 

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Como prometido na embalagem, o bolos Na Lata trazem felicidade a cada mordida!

 

 

19
Abr18

Há detalhes que mudam tudo!

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Iván Dominguez do Restaurante Alborada na Corunha levou para a sua apresentação no Peixe em Lisboa pães da padaria Divina em Santiago de Compostela. Como tinha trazido vários, no final distribuiu alguns por quem ainda estava na sala. Calhou-me um.

 

Eram bons pães, tinhamo-los visto e provado durante a apresentação. Mas, o que de facto despertou a minha atenção e fez com que possivelmente não esqueça mais este pão, é o facto da água usada na sua confeção ser água do mar da Galiza.

 

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Explicam no rótulo que torna o pão nutricionalmente mais rico devido ao alto teor de cálcio, magnésio e iodo. Dizem que reduz o consumo de sal comum por ser um potenciador o sabor. Mas sendo o sal comum extraído em grande parte da água do mar, não entendo muito bem esta parte. Mas de facto nada disto foi importante para despertar a minha atenção.

 

O importante é que ao usarem água do mar para fazer o pão, lhe associam a imensidão, a força e beleza do mar. Este detalhe muda tudo. Muda a forma como o vimos, muda a atenção que lhe damos ao comer. Dá-lhe uma personalidade única.

 

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Se o pão era bom? Sim era. Fui-o comendo sempre com prazer durante uma semana. Se sabia a mar? Não, não detetei nenhuma diferença significativa no sabor por isso. Mas também não mudou nada. Eu sabia que era feito com água do mar, que era especial. Cada vez que comia uma fatia, lembrava-me do mar, da sua imensidão, da sua cor, da espuma das ondas, da sua força e beleza.

 

Há detalhes que mudam tudo!

 

 

15
Ago17

Coco com abertura fácil

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Há dias no supermercado vi uma prateleira cheia de cocos como este. Um coco com abertura fácil!!!!???? Meti logo um no cesto.

 

Ao chegar  casa chegou também a hora de o observar bem e, claro, beber a água de coco. 

 

Por baixo a palhinha, bem arrumada no suporte usado para o manter de pé:

 

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Pequei nele, com cuidado e atenção. O anel da abertura fácil até tinha a cor e o aspecto da casca do coco... detalhes que são importantes. Fundamental para dar um ar mais natural e orgânico.

 

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Segui as instruções, meti o dedo na argola e puxei. Não foi preciso fazer força, imediatamente a argola saiu. Tapava um pequeno orifício. Um quadradinho da casca dura tinha ido tirado, mas o acesso ao interior continuava fechado. A polpa do coco não tinha sido furada. Que precisão... Um aspecto importante para manter a água de coco inalterada.

 

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Depois foi só colocar a palhinha e beber.

 

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Adorei! Uma ideia brilhante!

 

 

 

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