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Assins & Assados

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05
Jun16

Os meus scones

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Gosto muito de fazer scones. Faço-os muito regularmente, às vezes para um lanche, mais frequentemente para um pequeno almoço tardio de fim de semana.

 

Gosto por várias razões. Porque gosto de scones. Porque é tão bom pegar num scone acabado de fazer e abri-lo (sem faca, há regras a seguir para comer scones de forma adequada), colocar sobre ele um pedaço de manteiga bem fria e vê-la começar a derreter-se por ele. É igualmente bom comê-lo com um doce de fruta. Os meus doces preferidos são os que faço - está na época dos morangos e breve tenho que deitar mãos à obras - há sempre no armário uns frasquinhos de doce de morangos com baunilha e de morango e tomate. Há dias até descobri uns que estavam esquecidos de doce de ameixa e de doce de pêra com chocolate que me souberam muito bem com uns scones.

 

É também muito compensador fazer scones, são menos de 20 minutos do início ao fim do processo, a recompensa pelo trabalho chega quase de imediato. Pelo meio ainda tenho o bónus de vê-los ir mudando através da porta do forno, enquanto faço um bom chá. Logo que saiem do forno é a melhor altura de os  comer.

 

Mas ainda há outra razão, há quase 15 anos, quando comecei a fazer as actividades "A Cozinha é um Laboratório" com a Ciência Viva, foi uma das primeiras actividades que preparei. Fazíamos scones e explicávamos as razões dos diferentes passos. Cheguei a fazê-los a quatro mãos com o Joaquim Figueredo para uns "clientes" exigentes.

 

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Aonde uns scones me levaram, tenho que dizer que quando comecei a escrever o post nem me lembrava disto, é uma das razões porque gosto de escrever sobre estes assuntos ... Os caminhos inesperados, as memórias que desperta, as reflexões que origina...

 

Foi também um dos temas sobre os quais escrevi no meu livro, e da Margarida Guerreiro, A Cozinha é um Laboratório. Assim tenho sempre muito presente todos os fundamentos do processo, e à medida que os vou fazendo, estou a racionalizar cada passo.

 

Os scones e eu, por tudo isto, temos uma ligação para a vida... 

 

 

05
Fev16

Yorkshire Pudding - um prato que adoptei

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A propósito do Yorkshire pudding de que falei ontem, este para além de ser um dos componentes fundamentais do Sunday Roast, é também por vezes servido nos pubs apenas com o molho (gravy), que pode ser de carne ou de cebola. Um bom petisco.

 

É um daqueles pratos que embora não seja da “minha criação” (como diz o meu Pai) se veio a tornar uma comida conforto depois de ter vivido um ano no Yorkshire. Apesar de não ser um prato português, as minhas filhas comem-no desde crianças e está associado às suas memórias gastronómicas mais antigas. Por tudo isto há muito que cozinho o Yorkshire pudding. Até estou em vias de começar a testar versões vegan para que a minha filha mais nova possa continuar a comer.

 

Por outro lado, a porta do forno muitas vezes funciona para mim quase como que um ecrã de TV, fico ali sentada a olhar para a evolução dos alimentos enquanto cozem. O Yorkshire pudding é particularmente interessante deste ponto de vista. Começa com um pouquinho de uma massa líquida, tipo massa de crepes, e acaba assim:

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Aqui fica a receita adaptada do livro Delia Smiths’s Complete Illustrated Cookery Course.

 

Yorkshire Pudding
(dá 4 pudins com cerca de 10 cm de diâmetro)


75 g de farinha
1 ovo
75 ml de leite
55 ml de água
Sal e pimenta

2 colheres de sopa de gordura do assado (uso normalmente óleo)

Para fazer a mistura, peneire a farinha para uma tigela, faça um buraco no meio, deite o ovo no buraco e bata-o, gradualmente incorpore a farinha, o leite, a água e o tempero (pode usar uma batedeira que é mais rápido). Transfira a massa para um jarro para ser mais fácil deitar nas formas. Esta massa não necessita de descansar, faça-a quando precisar dela.

Ponha a gordura no recipiente onde vai fazer os pudins (pode ter tamanhos variados, desde um recipiente de ir ao forno com 28x18 cm, até uns muito comuns no Reino Unido com 4 espaços com cerca de 10 cm de diâmetro e 2 de profundidade, ou até aqueles tabuleiros para fazer queques – de preferência de metal).  Leve ao forno, na prateleira mais alta, a 220 ºC cerca de 15 minutos, até a gordura começar a fumegar. Então, tão rapidamente quanto possível para que não arrefeça (é muito importante que a forma e a gordura estejam bem quentes), deite a massa nas formas (fica com 1 a 2 cm de altura, não mais) e leve ao forno a cozer cerca de 25 minutos para crescerem e ficarem ocos, dourados e estaladiços. Sirva tão rapidamente quanto possível e com muito molho. No entanto, muitas vezes congelo e quando quero ponho no forno quente e ficam muito razoáveis.

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