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Assins & Assados

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03
Dez18

Os restaurantes sugeridos pelo guia Michelin

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Fim de semana em Sevilha, eram 13h e 28m quando passei em frente do restaurante Torres y Garcia, reconheci o nome como um dos que tinha visto como sendo classificados pelo guia Michelin com um Bib Gourmand. Ainda estava fechado. Olhei para o menu e havia algumas coisas que até gostaria de comer. Continuei a andar, mas pouco depois ouvi abrirem a porta de correr - eram exatamente 13h e 30m.  Acabei por voltar para trás. O restaurante pareceu-me grande, mas sentaram-me numa mesa perto da entrada, outra mesa estava já ocupada. Percebi depois que quase todas as mesas estavam reservadas, tinha ficado aquelas três ou quatro à entrada para quem chegava sem marcação. 

 

Pedi um Vermut Nordesia agitado en coctelera com gotas de angostura y piel de naranja  vinha decorado com um pé de salicórnia. Chegou com umas azeitonas.

 

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Fui bebendo, pensando no que iria comer e vendo o movimento em volta, era domingo e havia famílias e grupos de amigos que chegavam para almoçar. Não estava com muita fome, não queria nada muito pesado. A escolha acabou por recair sobre dois pratos de que não sabia bem o que eram alguns ingredientes, mas tenho a sorte de gostar de tudo e também de aventura.

 

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Vieiras con velo de papada, acelgas y sopa montada de espárragos blancos y trufa

 

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Mollejas de ternera con puré de boniato y tirabeques

 

Estavam bons os dois, diferentes, agradáveis, e souberam-me bem. 

 

A conta chegou com um tubo de ensaio de um licor e dizia Que bueno que viniste!  Achei simpático e também fiquei contente por ter ido.

 

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Não sendo nada de transcendente, achei muito razoáveis os 28 euros que paguei. Também achei razoável que lhe tivesse sido atribuído um Bib Gourmand.

 

Chovia muito à hora do jantar. Decidi não ir para muito longe do hotel. Logo ali perto havia um restaurante classificado com um Prato no Guia Michelin, o Casa Robles, e a experiência do almoço não tinha sido má. Já lá tinha passado antes, tinha ar de ser um restaurante tradicional, antigo. Um balcão com vários pratos de cogumelos por cozinhar, onde algumas pessoas comiam tapas. Sentei-me, a janela vedava mal e comecei a ficar com muito frio. Pedi para trocar de mesa. O serviço não era simpático, um sorriso torna tudo melhor, mas ali não havia nenhum. Pedi ortiguillas, que nunca tinha comido, perguntei se os cogumelos que estavam sobre o balcão estavam na carta, disseram que não. Tinham ar de ter chegado há pouco, pedi uma dose. Pouco depois vieram dizer que já não havia ortiguillas, escolhi outra coisa e o empregado disse que escolhesse os choquinhos. Não era o que mais me apetecia, mas tudo bem. 

 

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As duas coisas corretas, não mais do que isso. Na parede quadros com fotos dos reis, pareceu-me que ali. Estava meio desconsolada com a chuva, o que comi não ajudou, resolvi pedir uma sobremesa. Não me consolou, comi duas colheradas e deixei o resto...

 

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Os dois pratos e a sobremesa e um copo de cerveja, e paguei 37 euros. Não entendi a razão de ter um Prato Michelin. A Varanda do Ritz, o Ferrugem, o Mini Bar, O Talho, o Euskalduna (sei que outros restaurantes mais tradicionais também) é o que têm... e que diferença de ambiente, de serviço, de comida. Eventualmente tive azar, eventualmente no andar de cima, noutra sala, tinha sido diferente, mas nem sei se estava a funcionar, toda a gente que vi entrar ficou em baixo. A chuva não ajudou...

 

No dia seguinte insisti. Desta vez era um bar de tapas. Sei que não devia ter sequer entrado. O menu não era particularmente interessante. Uma grande misturada... o salmorejo, misturado com os ravioli de galinha chineses, o tártaro de atum, misturado com o ceviche, o tataki, o risotto e o salmão em papilotte thai... esta mistura toda não era bom sinal. Mas os inspetores da Michelin deviam saber o que faziam. Não me apetecia procurar outra coisa. Tinha a vantagem de ser barato e com um Prato Michelin, se calhar até podia ser interessante...

 

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Tentei minimizar os estragos... estava em Espanha, não me apetecia nada thai, chinês, japonês...  Optei pela Torta de Aceite Inês Rosales com vegetais assados e anchovas e pelas bochechas de porco com puré de batata e alho assado.

 

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Agradável... apenas isso. Nada que destacasse os pratos apresentados. Paguei 16,40 euros  pelo jantar e vim embora. Meio nervosa... É que não entendi a razão de ter um Prato Michelin. A Varanda do Ritz, o Ferrugem, o Mini Bar, o Talho, o Euskalduna, a Tia Alice... é o que têm... e que diferença de ambiente, de serviço, de comida. 

 

Tal como disse, não entendo os critérios. Não entendo mesmo! 

 

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