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06
Fev21

O almoço veio do Boi Cavalo e deu muito em que pensar.

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É tão bom comer aquilo que é preparado por outros! Para além da técnica, há a diversidade de aproximações, há o que cada prato reflete da personalidade de quem o cria, há as combinações de sabores... vários aspetos relacionados com o emissor. Mas, na forma como o prato é percepcionado, há ainda que considerar o recetor, o seu gosto, a sua personalidade, o seu estado de espírito, o seu percurso de vida e referências. Assim como duas pessoas com os mesmos ingredientes e a mesma receita cozinham dois pratos diferentes, também duas pessoas que comem o mesmo prato o percepcionam de forma diferente. O almoço de há uns dias, fez-me refletir sobre tudo isto.

 

Estou farta do que cozinho. Já não há pachorra! Há dias estavam-me a apetecer sabores diferentes e variedade. Há muito que andava com vontade de pedir comida do Boi Cavalo. Aliás, antes disso, há muito que andava a pensar lá voltar, mas ainda não tinha calhado. Calhou desta vez, não ir lá, mas pedir comida. Não é a mesma comida que teria no restaurante, é a que criada pelo Hugo Brito para este novo modelo de consumo, e acho que reflete bem as características do emissor. Já a percepção, foi muito influenciada também pelo recetor...

 

Olhei para o menu, queria variedade, nada melhor do que pedir as três entradas.

 

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Croquetes de entrecosto, mostarda de satay

 

Dois bons croquetes, saborosos e com uma boa textura. A mostarda avivava o sabor, e no final persistia o aroma do satay, relativamente discreto, mas o suficiente para lembrar outras experiências e situações mais exóticas. Quando se olhava tudo era familiar, quando se provava havia ali um discreto toque de irreverência. Impossível não sorrir!

 

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Gyozas de berbigão, molho ponzu

 

Neste caso a situação era diferente, sem relação com a nossa cultura alimentar, apesar de familiar em consequência de muitas viagens à mesa. Quando se trincava, o sabor e os berbigões remetiam para memórias de sabores bem antigas, para a infância, bem antes de ter alguma vez ouvido falar de gyozas. E eu gosto tanto de berbigão! Impossível não sorrir!

 

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Koftas de batata-doce fumada, maionese de amêndoas

 

Se nas duas propostas anteriores havia algo de familiar, nesta não havia referências a que associar à imagem visual. Mais não havia que fazer do que provar, com alguma expetativa. Um contraste absoluto de cores, um sabor exótico, diferente... Um pulo no desconhecido. Impossível não ficar pensativa! Conclusões? Agradável, mas acho que melhorava com a inclusão de alguma textura que contrastasse.

 

Objetivos atingidos, guardei para o fim algumas gyosas, era aquele o sabor com que queria ficar no final.

 

Para acompanhar a refeição, uma Bread Combo.

 

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Não esta, mas uma que estava no meu frigorífico. Uma cerveja resultante de uma parceira entre a Musa e a Gleba. Assim descrita no site da Musa:

É filha da mãe massa que a Gleba preparou e do pão que o Diogo amassou. Uma experiência complexa com notas de citrinos, pimenta e padaria aos sábados de manhã. Boa para cacete! 

Era mesmo. Ainda por cima, pouco tempo antes tinha convidado o Diogo Amorim, que há alguns anos frequentou o mestrado em Ciências Gastronómicas, para falar para os atuais alunos sobre o projeto Gleba. Também a cerveja me fez pensar no percurso do Diogo, na forma como aprofunda o conhecimento, na paixão pelo que faz...

 

Foi um bom almoço! Tanto quanto possível...  é que não há nada como ir a um restaurante! 

 

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