Eu não trabalho para eles... mas até parece!
Há coisas que me irritam muito!
Vou ao supermercado e cada vez há menos caixas, e são maiores as zonas onde somos nós que fazemos tudo!
Vou comprar o passe e dizem-me que agora já não vendem na bilheteira, tenho que ir à máquina!
Vou a uma cadeia de fast food e dizem-me que tenho que ir fazer a encomenda à entrada, nuns enormes ecrãs.
Para as minhas despesas serem consideradas pelas finanças tenho que ir validar os recibos todos.
Não gosto!
Gosto de dizer bom dia e boa tarde, e dar dois dedos de conversa a quem me atende.
Estou cansada, trabalho o dia inteiro, mais horas do que aquilo que é suposto, não me apetece continuar a trabalhar no supermercado, para comprar o passe, para comer, para ter os descontos a que tenho direito! Não preciso de mais trabalho, nem de mais stress.
Depois constatamos que há cada vez mais desemprego! Pois se nós, alegremente, trabalhamos para os nossos empregadores e para aqueles que não o são! Não quero trabalhar para quem não me paga para isso, sobretudo quando estou a contribuir para que esses senhores deixem de pagar a outras pessoas. Se querem que trabalhe para eles que paguem, que as compras feitas assim tenham um desconto, por exemplo. Mas não...
Evito estas opções que, aparentemente, nos facilitam a vida, que são modernas... E quando eventualmente as uso, faço-o com um enorme peso na consciência. É importante que tomemos consciência das consequências destas coisas. Daquilo para que estamos a contribuir. Da forma como nos estão a usar. E que pensemos bem se estamos dispostos a isso.
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