Não teria história... só a tem porque não tem peixe.
Não teria história... só a tem porque não tem peixe.
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Não teria história... só a tem porque não tem peixe.
Outros locais, os mesmos sabores...
Guiness and Lincolnshire Poacher Rarebit, House Brown Sauce
Outros locais, outros sabores...
Não sou muito dada a redes sociais, mesmo nada, mas acompanhar a família à distância tornou impossível evitá-las completamente. A presença, contudo, é pouco (ou nada) produtiva e muito discreta, e não quero mesmo que isso mude. Por vezes acabo por distraidamente ir passando pelos posts sugeridos pelo Instagram, e descobri coisas engraçadas. Acho que o algoritmo usado está convencido que vivo numa dada cidade de Inglaterra, que curiosamente não é a cidade onde vivi, mas até imagino o que o enganou. Sabe até o bairro em que vivo e, mais do que isso, está absolutamente certo de que sou vegana.
Até me tem sabido bem ver fotos da minha suposta cidade, e de locais por onde passeei muito. É até verdade que muitas vezes entrei na biblioteca da foto acima, mas foram as fotos que me permitiram ver que as obras em frente já acabaram, e que começa a ser hora de voltar para ver o que a foto apenas me permite adivinhar.
É verdade também que muitas vezes me sentei nesta esplanada, e que me apetece muito voltar a fazê-lo e passar por lá para comprar o excelente pão que vendem.
Mas também me informou que no primeiro andar têm agora um novo restaurante, e que lá posso ir beber um cappuccino, feito pelo dono de um outro restaurante onde ia frequentemente tomar o pequeno almoço ou almoçar, e que fechou durante a pandemia. Vou voltar para tudo isso, e passar umas horas na esplanada, tanto mais que a rua passou a ser pedonal e cheia de esplanadas.
Quanto a passar para comprar pão... tenho que experimentar primeiro o desta padaria, que abriu bem perto durante a pandemia e onde me apetece muito ir.
Ainda bem que enganei o algoritmo, pois tenho matado saudades e já comecei a fazer uma lista das novidades e dos locais onde quero ir.
O prometido é devido. Por isso aqui fica a Mille Molécules, a sobremesa Nota a Nota que o Rafael Antunes e o Bruno Moreira Leite fizeram e que também foi submetida a concurso. Esta não ganhou (estava a concorrer com o prato que descrevi no post anterior que era mais complexo e original), mas quem a provou gostou bastante.
Para ela prepararam 6 componentes diferente: i) uns crocantes de amido e inulina, ii) um gel com aroma de laranja, iii) uma espuma de bergamota, iv) uma folha com aroma de canela, v) um gel fluido com aroma de funcho e vi) um gel fluido com aroma de flor de laranjeira.
A inspiração foi um mil folhas, havia que preparar as folhas, e não se podia usar farinhas. A ideia veio de um prato do restaurante Disfrutar em Barcelona, lemos que faziam uma falsa massa folhada com obulato (basicamente amido) e inulina. Podíamos usar ambas as coisas, era uma boa ideia... Só que não sabíamos como faziam. Depois de muitos testes o Bruno e o Rafael fizeram a deles, não temos a menor ideia se a técnica é a mesma, mas o resultado que obtiveram foi muito satisfatório.
O objetivo era usar pectinas, com o mínimo de açúcar possível. Pectinas formam géis e um gel com aroma de laranja pareceu uma boa opção. Escolheram a pectina que dava um gel com melhores características e a concentração adequada. O aroma da laranja foi obtido por destilação de sumo e casca da laranja.
Havia que fazer um creme, que se pretendia que tivesse um textura semelhante a chantilly, primeiro estudaram uma mistura de gorduras que desse uma textura semelhante a manteiga e com um sabor neutro. O passo seguinte foi emulsioná-la com água, aromatizar e dar-lhe cor. No gel anterior, o aroma foi extraído e os corantes eram sintéticos. Neste caso, para o aroma foi comprado um óleo essencial de bergamota e o corante foi extraído por eles da cenoura por centrifugação de um puré de cenoura e óleo.
Também o filme crocante com aroma de canela e os dois géis fluídos para os molhos eram à base de pectina (tinha que ser...) e também aqui foi necessário testarem várias e escolherem as que melhores resultados davam.
O resultado final foi bastante apreciado por quem comeu. Porque era bom, mas também porque se estava a comer algo completamente novo, a concretização de um novo conceito, de uma nova abordagem da cozinha.
O hamburguer está apetitoso! Mas será que merece este destaque? Será que justifica o meu regresso? Tenho andado mesmo fugida...
Mas o importante hoje é mesmo o Hamburguer com Ovo e Batatas Fritas. Será que tem Ovo? Carne? Batatas? Pois aí é que está a sua originalidade, nem ovo, nem carne, nem batatas. É um prato 100% Nota a Nota.
Apesar das vantagens apontadas num livro (imagem anterior) e diversos artigos publicados (por exemplo este), parecia uma coisa muito futurista, mas o tempo acabou por lhe dar razão e é uma abordagem que começa a ser seguida, sobretudo em produtos para pessoas com restrições alimentares, e que permite obter produtos alternativos aos produtos animais com um menor impacto ambiental.
Também desenvolveram um ovo que se fritasse de forma idêntica. Aqui, porque a cozinha Nota a Nota o permite, não tentaram que soubesse a ovo, apenas que tivesse o aspeto e a textura de um ovo. A clara sabia a cogumelos e a gema tinha um aroma de trufa (não, não era verdadeira, não era suposto ser... é cozinha Nota a Nota).
As batatas tinham um aspeto e uma textura idênticos às batatas fritas, comportavam-se de forma idêntica ao fritar e sabiam levemente a queijo.
Acabei e comprar este lindíssimo e doce azulejo para ser entregue em casa da minha filha para comemorar o aniversário dela. Espero que seja tão bom como é bonito.
A Biscuit Boutique tem um conjunto de produtos lindíssimos! Acho que até deve ser preciso coragem para os comer...
As opções são muitas e maravilhosas! Felizmente havia um único com o Portuguese Tile Pattern e a escolha ficou facilitada. Um azulejo português, para uma portuguesa.
Gostei da preocupação de os fazerem veganos e sem glúten, assim são muito mais inclusivos. E gostei muito que um dos padrões fosse inspirado num dos nossos azulejos.
Quando vi não pude evitar uma gargalhada, a que se seguiu um sorriso persistente. Tudo isto não é de somenos importância nos dias que correm.
Um "ovo" de Páscoa vegano. Alguns irritam-se pois a ideia base foi a designação da beringela em inglês dos EUA (eggplant), mas o nome em inglês do Reino Unido (aubergine) não ajudava. O que interessa? A ideia é brilhante! O nome dá para um engraçado trocadilho com a designação da linha de produtos (Plant Kitchen).
E vai mais um sorriso! Gosto mesmo! Vou ter que ter um, nem que seja para comer no Natal...
Foto DAQUI
Quando olhei para a embalagem fiquei mesmo contente. Além de bonita, tinha um conjunto de informações que, como já referi, acho importantes e normalmente não são disponibilizadas. Ainda não tinha provado o chocolate e a embalagem já me tinha criado grandes, e boas, expetativas. No verso ainda tinha mais informações, sobre a origem, a forma como o cacau tinha sido processado e até sobre a película que envolvia o chocolate.
Contudo, o que de facto me cativou mais foi a informação sobre as características sensoriais, e as sugestões de pairing.
Os chocolates podem ser tão diferentes! Impossível conhecê-los todos, e informações destas permitem opções de compra mais informadas. Nem todos somos especialistas de tudo, e era tão bom que muitos mais produtos tivessem na embalagem este tipo e informação.
Ah! Sim! Tinha um Sencha que preparei cuidadosamente. Soube-me muito bem um momento de descanso a saborear o chocolate da colheita de 2017, acompanhado por uma chávena do sencha de 2016.
Descobrir a craft chocolate revolution, como referida no rótulo, tem sido uma atividade fascinante nos últimos três anos. E, convenhamos, às vezes limitarmo-nos apenas ao local é mesmo muito limitativo. O mundo é grande! Neste caso, o cacau veio da região de Sambirano em Madagáscar e foi transformado em chocolate na Suécia, o chá veio da perfeitura de Shizuoka no Japão, saboreei-os em Portugal, e a vida era mais pobre sem estas experiências.
Detalhes como estes dão mais qualidade, e ajudam a passar os dias que nesta altura vivemos.
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É fantástico quando se lembram de nós e da nossa f...
Obrigado pelo aviso, anônimo. Estas coisas não DEV...
olá litó tudo bem
Também já lá fomos e gostámos muito
Felizmente na Portugália a tradição ainda é o que ...