A Geórgia, aqui tão perto...
A conversa foi mais ou menos assim:
- Está-me a apetecer viajar.
- Agora!!!??? Queres ir onde?
- Acho que à Geórgia. Nunca lá fui...
- Então vamos lá à Geórgia...
Cerca de meia hora depois estávamos sentados à mesa do Treestory, prontos para a viagem. Esta é um das vantagens de viajar à mesa.
Vimos a carta. Perguntei se não tinham vinho da Geórgia. Foi lá que provavelmente se produziram os primeiros vinhos, há cerca de 8000 anos. A origem da palavra vinho talvez até tenha sido gvino, a palavra georgiana para designar esta bebida. Não tinham. Fiquei com pena.
Para começar...
Tarte de Gúria
tarte quente fechada recheada com ovo e queijo
Ele achou um pouco pesado. Eu achei pura comida conforto. A massa macia, o queijo derretido do recheio, o sabor suave.
De seguida veio uma outra entrada que nos disseram ser uma das que mais sucesso fazia.
Sortido de pkhali, beringela e cenoura
espinafres, beringela e cenoura com nozes e especiarias
Fresca, colorida e exótica. Ele gostou mais da beringela - puré de beringela envolvido em tiras de beringela grelhada. Eu também. Gosto da romã nos pratos, da sua cor, da doçura e acidez, do exotismo da sua introdução num prato salgado.
Partilhámos o prato principal.
Carne de porco em molho de nozes com especiarias
Ele gostou muito, eu gostei, mas com menos entusiasmo.
Na vitrine do balcão havia várias sobremesas com aspetos interessantes. Estava calor, as doses são bem generosas, e resolvemos partilhar a que tinha um ar mais leve e menos doce. Achei graça à figura de cisne.
Acho que tínhamos ficado mais bem servidos com uma das outras. Mas cumpriu a sua função.
Fomos beber o café e o chá para o agradável pátio exterior ao fundo do restaurante. Um espaço simpático, cheio de pessoas que almoçavam.
Ficaram no menu várias coisas que gostava de experimentar. Talvez lá mais para o Outono volte para nova viagem à mesa à Geórgia.
Treestory - Rua Luciano Cordeiro, 46A, Lisboa