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14
Abr18

Peixe em Lisboa - as apresentações de chefes

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É sempre bom voltar a casa! Já tinha saudades! Tinha saudades também do Peixe em Lisboa, de modo que passei por lá tanto quanto possível nos últimos 3 dias. Para assistir a algumas apresentações de chefes, para provar alguns dos pratos oferecidos pelos vários restaurantes, para provar e comprar alguns dos produtos do mercadinho gourmet. Para dar dois dedos de conversa com quem passa e por ali aparece.

 

Havia muitas apresentações de chefes a que gostava de ter ido este ano, havia no programa coisas bem interessantes. Mas apenas pude ir a três. A primeira foi a de Iván Dominguez do Restaurante Alborada na Corunha. Preparou ali em apenas uma hora, um menu de degustação de oito pratos (1ª foto e as 2 seguintes). Pratos muito simples, mas bem interessantes e alguns deles envolvendo técnicas originais, que desenvolve com a sua equipa para optimizar os resultados finais e tirar o melhor de cada produto. Muito peixe, muito marisco, muitas algas (que tem vindo a explorar cada vez mais e que até usa em sobremesas), muita água do mar que usa para cozinhar o peixe. Água do mar comercializada para usos culinários em bag-in-box. A ali usada foi a da empresa Auga Mareira sendo destinada principalmente para conservar (por exemplo, bivalves), para re-hidratar produtos secos como as algas, como salmoura leve para curas de peixes e mariscos e também para os cozinhar, tal como arrozes, legumes ou verduras, e até fazer pão (tivemos oportunidade de provar um durante a apresentação). A sua utilização melhora o sabor, e enriquece os alimentos em sais minerais devido ao seu alto teor de cálcio, iodo e magnésio.

 

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 Assisti ainda à apresentação do Diogo Noronha do restaurante Pesca que ali apresentou um prato de salmonete que tem no menu e uma entrada de ostras que entrará no próximo menu. Falou do importante caminho para a sustentabilidade e das dificuldades no panorama atual. Falou da sazonalidade e da flexibilidade necessária para lidar com "as partidas" da natureza. Gostei do discurso realista  e das  explicações de coisas que nos passam ao lado.

 

No final, um pouco de surpresa, pois não constava do programa, a apresentação do Miguel Laffan Uma entrada de tártaros e um prato de bacalhau confitado em gordura de pato, de forma a dar-lhe um carácter diferente e aumentar a compatibilidade com o vinho tinto com que seria servido.

 

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Houve uma evolução tão grande nos últimos anos na facilidade com que a maioria destes chefes falam em público, na qualidade e forma das apresentações. Acho sempre que é uma pena estas sessões não terem ainda mais público, pois há sempre aspetos interessantes, há sempre coisas que se aprendem. Pergunto-me muitas vezes porque é que o interesse e a participação não é maior e sobre o que falta para as tornar mais atraentes. Faltam-me respostas...

 

Nos próximos posts haverá mais sobre o Peixe em Lisboa.

 

 

4 comentários

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    Paulina Mata 16.04.2018

    No final farei alguns comentários gerais, mas aqui fica uma resposta aos seus comentários. Para mim o mais interessante são as apresentações e os debates. Porque me interesso por estes assuntos, mas admito que para outros possam não ser. Houve apresentações extra programa, como por exemplo a que referi do Miguel Laffan.

    Compreendo que a porta esteja fechada, pois o ruído da zona dos restaurantes dificulta que se oiçam os chefes.

    Quanto a comer o que é servido, uns gostarão, outros não. Há pessoas que lá vão por isso, outras não... Percebo que algumas pessoas possam não gostar, mas seria difícil fazer muito melhor numa situação como aquela.

    Se me pergunta se eu lá iria se fosse apenas para comer. A minha resposta seria "talvez não". Mas há outras coisas que me interessam muito.

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    Adriano 16.04.2018

    Isto na vida mais vale cair em graça do que ser engraçado. Não sei bem porquê, mas reparo que o Mesa Marcada vem a colecionar ódios de estimação baseados num suposto elitismo. Aqui o ambiente comentarista é bom, mas por lá há mais bala. De tal maneira que agora o silêncio é total.
    Eu só tenho a agradecer a esses dois carolas (já foram três ;)) o trabalho que produzem persistentemente ano após ano. Também têm muita contribuição com o bom momento da cozinha nacional. Tiro-lhes o chapéu. E a trabalheira que deve dar... fonix
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    Paulina Mata 16.04.2018

    Tem toda a razão! Fizeram de facto muito.
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