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17
Jul16

Chef's à Pesca - ainda antes de entrar no barco...

ChefsàPesca001©MárioCerdeira.jpg

 

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O convite era para a 2ª Edição do Chef's à Pesca. Trocando por miúdos, um passeio no estuário do Tejo, no Varino "Boa Viagem" (foto acima). Durante o passeio os chefes Luís Barradas (Tagus Village - o anfitrião), Paulo Matias (Porto de Santa Maria), André Silva (Largo do Paço) e João Simões (Casta 85) preparariam a bordo uma Caldeira à Fragateiro e peixe grelhado.

 

Um bom plano para um final de tarde, num dia de grande calor. Foi um alívio quando entrei no autocarro para a viagem até ao Cais da Moita, é que tinha ar condicionado e cá fora, por muito que me abanasse com o leque, o resultado era quase nenhum.

 

Chegámos ao Cais da Moita pelas 17 horas, felizmente ali corria uma boa aragem, estava mais fresquinho, e um copo de espumante na mão e umas ostras até fizeram esquecer o calor. E por ali ficámos algum tempo com o espumante Monte Mayor 2014 e o  Caiado rosé 2015 da Adega Mayor.

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Ouvimos também a Célia Rodrigues da Nesptune Pearl falar de ostras.

 

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De como estas viajaram de outras paragens (Índia e Japão) para Portugal nas quilhas das naus, sendo usadas como alimento rico em proteínas para as tripulações. Foram assim lançadas nos estuários do Tejo e do Sado e, devido às boas condições naturais, o seu desenvolvimento teve uma elevada taxa de sucesso. Falou ainda da sua produção por aquacultura da Crassostrea angulata, baptizada pelos franceses como “Ostra Portuguesa” e ainda da ostra plana ou Ostrea edulis, mais consumida e produzida na Galiza. Até ao início da década de 70 do século XX a ostra teve grande importância comercial nas regiões de Setúbal e Lisboa. Os maiores bancos naturais desta espécie na Europa situavam-se nos rios Tejo e Sado, sendo a maioria exportada para a França. No entanto, a poluição industrial (cimenteira, petroquímica, construção naval, etc..), a agropecuária e a ocupação humana em grandes centros habitacionais foram os principais fatores que levaram à extinção da ostra portuguesa nos estuários do Tejo e do Sado. A Célia falou ainda da importância da qualidade das águas para a qualidade do produto final e da aquacultura na reintrodução das ostras no estuário do Sado e na manutenção da biodiversidade. Referiu também o papel importante que alguns chefes têm tido no apoio e divulgação desta actividade e dando a conhecer ao consumidor a ostra. 

 

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Mostrou-nos ostras com o tamanho "habitual", mas também outras enormes com 300 - 400 g. Comemos das pequenas e o Luís Barradas cortou uma das grandes em pedaços para a podermos provar. Disse-nos também estar bastante interessado em obter ostras grandes com um músculo adutor com dimensões suficientes para o poder usar nos seus pratos. Cortou em fatias finas o músculo adutor de uma das ostras grandes que provámos. Tem uma textura interessante (e bem menos rija do que imaginava) e um sabor agradável que fazia lembrar a pêra.

 

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Chegou finalmente a hora de entrarmos no Varino "Boa Viagem".

 

1ª Foto de Mário Cerdeira / Gesti Cook

Agradeço também à Bárbara Silva, minha aluna do Mestrado em Ciências Gastronómicas, o óptimo trabalho que fez sobre ostras e que me ajudou a compôr este texto.

2 comentários

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    Paulina Mata 05.08.2016

    É verdade Bárbara. :)

    E é muito bom que assim seja.
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