À descoberta de outras culturas gastronómicas - uma visita que abre novos horizontes
Este ano acompanhei pelo oitavo ano consecutivo uma visita, (excelentemente) orientada pelo André Magalhães, para os alunos do Mestrado em Ciências Gastronómicas. Apesar de já ser a oitava vez, faço-o com o mesmo encantamento e vontade de descobrir uma parte de Lisboa desconhecida para muitos.
A visita tem início e fim no Martim Moniz e de facto andamos sempre ali à volta. Começa com uma introdução sobre aspectos históricos relacionados com aquela zona e em seguida, nas cinco horas que dura, o objectivo é que os alunos descubram que na zona, com vocação cosmopolita desde os tempos idos, vive uma boa parte da comunidade de imigrantes lisboeta que ali mantêm vivas as suas tradições e culturas gastronómicas. Assim visitam-se mercearias étnicas de comunidades africanas, paquistanesas, nepalesas e chinesas, mas também portuguesas, observam-se os vários tipos de cafés e restaurantes existentes. Fala-se das características de cada cozinha e da evolução da oferta ao longo dos anos. Descobrem-se e provam-se ingredientes e produtos com o objetivo de conhecer melhor a cultura, os aromas e os sabores das populações que ali habitam.
A visita termina em geral com uma refeição num restaurante chinês, com pratos menos habituais, que a generalidade dos alunos nunca provou, para assim alargarem conhecimentos e vencerem barreiras. Este ano o grupo era muito grande e o almoço final teve que ser num restaurante maior do que o habitual. Foi no Hua Ta Li no piso 5 do Centro Comercial da Mouraria, e pela mesa passaram, entre outras coisas:
Tofu com Ovo Centenário
Geleia de Peixe
Alforreca
Pernas de Rã
Tripa de Porco com Tofu
Entremeada Mandarim
Legumes Salteados
É uma visita que não esquecem, uma manhã muito rica de conhecimentos. Nem todos são igualmente aventureiros, mas todos se aventuram na descoberta de novos sabores. Uma visita que abre novos horizontes. Uma visita que no permite conhecer melhor esta cidade em que vivemos.